O nome do quinto melhor DJ do mundo de 2020 – eleito pela prestigiada revista “DJ Mag” – significa “luz” em sânscrito. Os pais de Alok Achkar Peres Petrillo (Goiânia, 1991) não tinham como prever, mas, ao batizarem o menino com o nome sugerido por um guru espiritual, eles abriam seu caminho para o sucesso. Filho de dois DJs, Swarup e Ekanta, precursores do movimento do transe psicodélico no Brasil, Alok relutou em seguir a carreira dos pais e até cursou alguns anos de faculdade antes de se assumir na música. Junto do irmão gêmeo Bhaskar, no final dos anos 2000, criou o duo Lógica, mas a parceria não seguiu em frente porque Bhaskar queria trilhar um caminho experimental – Alok buscava alcançar as massas. Em 2012, o destaque do DJ e produtor era um remix industrial de “Superstition”, do mago Stevie Wonder. Se fosse para pilotar pick-ups, faria nos seus próprios termos. E assim nasceu o gigante que é sinônimo de festa bem-sucedida no Brasil. Sem seguir a tradição musical familiar, Alok se aventurou por outras variantes da eletrônica, foi do techno ao reggaeton, fez remixes corajosos e se tornou uma espécie de Rei Midas da música de pista do país. Com toque de ouro, ele transformou a balada “Hear Me Now”, do artista indie Zeeba, em um dos maiores hits do mundo em 2018, aparado por refrão fácil de assobiar e sedutoramente dançante. E esse foi só o começo. Ao criar o “brazilian bass”, como ele denomina o estilo cheio de graves acentuados e drops de tirar o fôlego, Alok prova não existir limites para a popularidade da música eletrônica. Essa tal luz prevista pelo guru espiritual aos pais do DJ ainda vai brilhar muito, acredite você ou não nestas coisas.