Tudo relativo ao Bon Jovi é enorme – os refrãos, os números de vendas, os riffs, os shows –, e a banda conquistou o seu lugar no Rock & Roll Hall of Fame com músicas explosivas, daquelas para cantar junto. Mas quando Jon Bon Jovi formou a banda em 1983 com o guitarrista Richie Sambora, o baixista Alec Such e o baterista Tico Torres em Sayreville, Nova Jersey, a maior coisa que eles tinham eram os cabelos. O Bon Jovi era uma banda de metal pop meio glam que tocava em clubes locais e que passou a fazer turnês com Scorpions e Kiss, impulsionado pela aparência de galã, pelo hit “Runaway” (1984) e pelos seus cativantes teclados new wave. Com Slippery When Wet (1986), que ampliou o arsenal da banda com baladas poderosas (“Dead or Alive”) e hinos de rock para a classe trabalhadora, nos moldes de Bruce Springsteen (“Livin 'On a Prayer”), eles passaram a marcar presença constante na MTV e tornaram-se ícones globais. À medida que envelheciam, sempre graciosamente, Jon passou a se interessar por atuar – ele teve um papel recorrente no seriado Ally McBeal, além de outras participações como ator –, e a banda continuou atraindo fãs mais jovens com “It's My Life” (2000), coescrito e coproduzido por Max Martin. Mais tarde, eles se aventuraram no country com Lost Highway (2007), que contou com participações especiais de LeAnn Rimes e Big & Rich. Mas são as letras duradouras de luta e de coração partido, além dos refrãos altamente grudentos, que atraem os fãs em massa, sejam eles da época das roupas de lycra ou não.