Quando se fala em uma diva pop revelada nos anos 90, logo se imagina o semblante dócil de Britney Spears e Christina Aguilera em seus 20 anos. Com a cantora e compositora P!nk, houve uma tentativa de repetir a fórmula, mas não deu para conter sua força transformadora nos moldes das princesinhas do pop. Taxada ainda cedo como adolescente problema, a jovem Alecia Beth Moore, nascida no estado de Pennsylvania em 1979, foi descoberta cantando em um bar por um executivo da gravadora MCA. Ela participou de grupos de R&B e lançou seu primeiro álbum solo aos 20 anos, Can't Take Me Home (2000), com produção de Babyface e alinhada a um som dominado por TLC, Aaliyah e Destiny's Child. Com “Lady Marmalade”, em parceria com Christina Aguilera, Lil' Kim e Mýa, P!nk estourou mundialmente e tomou as rédeas da própria carreira, mostrando autenticidade e potência com M!ssundaztood (2001) e os bombásticos hits “Get the Party Started”, “Don't Let Me Get Me” and “Just Like a Pill”. A cantora mostrou ao mundo sua assinatura, misturando rock, pop e R&B num estilo inconfundível. Conciliando sucesso e família, P!nk fez duas pausas na carreira (uma em 2011 e outra em 2016) para se dedicar à maternidade. Em entrevista ao Apple Music, a cantora falou sobre o retorno em 2017, com Beautiful Trauma. “Sempre que começo um álbum, não sei se ainda sei cantar. Não sei se tenho algo a dizer. Não sei se consigo fazer isso. Eu provavelmente sou péssima nisso agora. Aí, depois de 25 músicas, todo mundo pergunta: ‘Certo, você pode terminar?’, e eu respondo ‘Eu tenho muito a dizer’”.