Apesar da tenra idade, Jacob Collier tem ambição artística de sobra. Daí que Djesse (Vol. 1) seja o primeiro sinal de uma obra que vai conhecer mais três volumes no decurso de um ano. E daí que use uma orquestra, não por capricho supérfluo, mas por necessidade expressiva pura. Com colaborações pontuais de gente como Laura Mvula, Take 6 ou Hamid El Kasri, Collier não deixa continente por explorar, indo até ao Brasil ou Norte de África, usando todas as possibilidades texturais e harmónicas da orquestra como uma paleta com que pinta magníficos quadros entre o jazz suave, o R&B e o soul sofisticado.