Um dos artistas mais bem-sucedidos dos anos 80, Bryan Adams entrou para o cânone da cultura pop daquela década com um rock carregado de sintetizadores, vocais roucos e performáticos e guitarras marcantes. No entanto, o canadense não ficou preso no tempo: com mais de 40 anos de carreira e 100 milhões de álbuns vendidos, Adams segue produzindo em alto nível – inclusive em sua outra paixão, a fotografia. • Bryan Guy Adams nasceu em Kingston, no Canadá, em 1959. Filho de pais britânicos, passou parte da infância e da adolescência em Portugal, graças ao trabalho do pai diplomata. Deu os primeiros passos na música com apenas dez anos, quando ganhou um violão. De volta ao país natal, abandonou a escola para se dedicar à carreira musical. Foi vocalista, com apenas 15 anos, da banda Sweeney Todd e chegou a gravar um álbum com o grupo. • Pouco tempo depois, já como artista solo, deu início à parceria com Jim Vallance, antigo membro do Prism, com quem começou a compor. Entre as músicas escritas pela dupla para outros artistas estão “Dangerous”, do Loverboy, “Rock and Roll Hell” e “War Machine”, do Kiss, e “No Way To Treat A Lady”, de Bonnie Tyler. • Em 1980, lançou o primeiro álbum solo, Bryan Adams. No ano seguinte, foi a vez de You Want It You Got It e, em 1983, Cuts Like a Knife. Mas foi com Reckless, de 1984, que o cantor alcançou o estrelato, impulsionado por faixas como “Summer of '69”, “Heaven”, “Run to You” e “Somebody”, além do dueto com Tina Turner em “It's Only Love”. • A década seguinte começou bem para Adams: Waking Up the Neighbours (1991) fez grande sucesso mundo afora, chegando a bater o recorde de álbum que ficou mais tempo em primeiro lugar nas paradas britânicas. A balada “(Everything I Do) I Do It For You” carregou muito desses números, mas as faixas “Can't Stop This Thing We Started” e “There Will Never Be Another Tonight” também ganharam o público. • O som de Bryan Adams foi ganhando mais sofisticação na segunda metade dos anos 90. Ele lançou 18 'til I Die em 1996, que conta com os sucessos “The Only Thing That Looks Good on Me Is You” e “Let's Make a Night to Remember”. Em 1997, Adams se rendeu à febre MTV e se apresentou a uma nova geração com o MTV Unplugged; e On A Day Like Today, no ano seguinte, trouxe um bem-sucedido dueto com a ex-Spice Girl Melanie C em “When You're Gone”. • Em um excelente – e extenso – momento profissional, Adams emplacou três álbuns de estúdio no top 5 das paradas britânicas: Get Up, de 2015, Shine a Light, de 2019, e So Happy It Hurts, de 2022. • Famoso por integrar a trilha sonora de diversos sucessos cinematográficos, o cantor foi indicado três vezes para o Oscar de Melhor Canção Original: em 1992, com “(Everything I Do) I Do It For You”, trilha de Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões; em 1995, com “Have You Ever Really Loved A Woman?”, que embalou o longa Don Juan DeMarco; e em 1996, com “I Finally Found Someone”, dueto com Barbra Streisand para O Espelho Tem Duas Faces. • Em 2021, Adams foi convidado a fotografar o tradicional calendário Pirelli com retratos de famosos como Cher, Rita Ora, Iggy Pop e dele próprio. Como fotógrafo, o cantor já tinha retratado personalidades como Mick Jagger, Naomi Campbell e a rainha Elizabeth II. • Ainda nos anos 80, Bryan foi condecorado com a Ordem do Canadá pelo trabalho desenvolvido em causas sociais e ambientais, nas quais sempre foi muito engajado – principalmente na defesa pelos direitos dos animais. O cantor participou do famoso festival Live Aid, em 1985, e colaborou com o Greenpeace para o estabelecimento de um santuário de baleias na Antártida. Ele também é adepto do veganismo há mais de três décadas.